Os professores da Universidade Estadual de Goiás (UEG) iniciam uma greve por tempo indeterminado, nesta sexta-feira (1º), com ato às 10h, na Praça Cívica, em Goiânia. O movimento convocado pela Associação dos Docentes da UEG (Adueg) foi aprovado em assembleia, na última quinta-feira (22). A decisão ocorre por falta de resposta do governo de Goiás. A Adueg reforça que ainda não houve posição.
No dia 19, os professores chegaram a iniciar o semestre letivo. Em 21 de fevereiro, contudo, ocorreu uma paralisação. Na ocasião, quatro campus e 17 unidades pararam – entre eles, os campus de Anápolis, São Luís de Montes Belos e Morrinhos, além das unidades de Inhumas, Iporá, Itumbiara e mais. Até esta sexta, as aulas seguem normalmente. A UEG possui cerca de 12 mil estudantes matriculados.
Como mencionado, a greve ocorre por falta de retorno do governo de Goiás sobre as demandas da categoria. Em 16 de fevereiro, quando foi aprovado o indicativo de greve, a Adueg encaminhou ofício aos responsáveis, mas não teve resposta.
Entre as reivindicações, está o acesso à proposta de Plano de Carreiras dos Docentes da UEG, que tramita na Secretaria de Estado de Administração. A associação pede para integrar o Grupo de Trabalho que está reformulando a carreira. Já a segunda é que o Governo encaminhe ao Legislativo projeto de lei para alteração da Lei do Plano de Carreira dos Docentes da UEG com a extinção do quadro de vagas, a fim de viabilizar as promoções dos docentes (entre classes).
“A insistente intransigência do governo, que se nega a atender às nossas reivindicações, somado à unidade na luta que a categoria tem construído e fortalecido a partir das mobilizações (desde o início de 2023) e do acirramento da precarização do trabalho na instituição, os docentes da UEG resolveram dar um basta ao desrespeito a que estão sendo submetidos. Não foi uma decisão fácil, foram 3 horas de um debate cauteloso, responsável e denso, em defesa da categoria docente e em defesa da universidade”, explica o presidente da Adueg, professor Marcelo Moreira.
À época da assembleia, Mais Goiás procurou a UEG, que manteve a posição: “A propósito das informações solicitadas pelo Mais Goiás, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) informa que a proposta do novo plano de carreira para os docentes da UEG, que sanará também a questão das promoções dos professores que concluíram suas respectivas titulações, foi elaborada por comissão formada pelo Conselho Superior Universitário da UEG (CsU) e aprovada, posteriormente, pelos membros do Conselho. A proposta está incluída na análise das carreiras que está sendo promovida pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Administração.”