Um mapeamento feito em sigilo pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública mostra que há pelo menos 72 facções criminosas nos presídios brasileiros.
A análise, que foi feita com informações enviadas pelas agências de inteligência penitenciária dos 26 Estados e do Distrito Federal, mostra que os rivais Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV)estão presentes em quase todos os Estados, sendo Goiás um deles.
O PCC atua nos presídios de ao menos 23 Estados. Já o Comando Vermelho aparece em ao menos 20 Estados. Além das duas principais facções, a análise identificou diversos grupos locais, com articulação restrita a bairros, distritos ou região metropolitana.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Brasil tem 683 mil detentos nas prisões, em celas estaduais e nas cinco unidades mantidas pela União.
Também há um balanço sobre as ações mais cometidas pelas facções: atentados contra o patrimônio (33%) ou contra servidores (17%); resgate de detentos em presídios (9%); motins (5%); e resgate de presos em escoltas (4%).
O relatório do Ministério da Justiça e da Segurança Pública sugere cinco medidas para reduzir a força das facções nos presídios: ampliar a capacidade do sistema (o déficit é de cerca de 191 mil vagas); criar um procedimento-padrão dentro das prisões; fiscalização de presos no semiaberto e aberto por meio de monitoramento eletrônico e oferta de trabalho e educação e integração das forças policiais para combate ao crime organizado.
De acordo com o levantamento, em Goiás está presente membros tanto do Primeiro Comando da Capital (PCC) quanto do Comando Vermelho (CV). De forma regional, atua a facção Amigos do Estado (ADE).
A Polícia Militar prendeu membros de uma organização criminosa depois que um jovem, de 19 anos, morreu durante uma briga de facções rivais em uma chácara no Residencial Buena Vista, em Goiânia. Um homem ficou com cortes na cabeça após ser golpeado com um revólver. O crime ocorreu em setembro do ano passado. Confira AQUI!